Domingo, 30 de Maio de 2010 às 03h00
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Não sei se o Sesc já noticiou, mas como tive a informação na sexta-feira, comento. Finalmente, uma homenagem ao Wallace Leal e ao TECA vai acontecer no dia 16 de junho. Além de um teatro — ainda que Wallace merecesse uma sala melhor — que traz seu nome, o resgate desse promotor cultural, porque ele foi isso na história de Araraquara, parece-me que começa realmente agora com uma exposição e com um livro. Não um mero livro biográfico, mas uma tese de mestrado na qual Clodoaldo Medina recupera, não apenas de maneira incisiva e completa a trajetória do Teatro Experimental de Comédia de Araraquara, como também faz um levantamento do panorama cultural do Interior na década de 1950. Ou seja, estamos diante de uma obra abrangente.Curioso como precisamos esperar a chegada do Sesc para vermos colocadas no lugar algumas figuras exponenciais da cidade. Assim foi com Gilda de Mello e Souza e Zé Celso. Assim deveria ser com Livio Abramo, Sebastião Campos , o ator, com Amaral Gurgel, o radionovelista, Américo Borges, o músico. E, evidente, com Ernesto Lia , que está presente, porque, como diz sempre Lygia Fagundes Telles, não nos interessam as glórias frias, elas são bem vindas é agora, quentes, efervescentes. E como esquecer o Sidney Rodrigues? E o papel do Araken Toledo Pires, outro animador cultural, que participou do TECA, do Clube de Cinema, fazia programas de cinema na PRD-4, escreveu críticas nos jornais?Falando em PRD-4, há muitos anos, o Rodolfo Telarolli fez uma pesquisa completíssima e levantou toda a história da rádio, que nasceu antes da Nacional do Rio. Por que não publicá-la? Também não está merecendo um livro completo a questão dos dinossauros em Araraquara? Coisa séria, científica. Será que o empresariado da cidade não está disposto a investir também em cultura, em vez de só nos esportes? Lembro que a Lupo patrocinou o ótimo documentário de Marcelo Machado sobre ferrovias. A Cutrale não abre o bolso para o setor? E a Iesa? E a construtora Massafera? Perceberam que esta crônica é um lembrete, um memorando. Para ficar na mesa do Paulo Casale, do Sesc, que vem continuando uma obra de abertura; na mesa da secretária de Cultura, do prefeito. Enquanto pensam, deliberam, discutem e decidem se vale a pena, vamos todos ao Sesc dia 16, rememorar o TECA e o Wallace. Menos eu que estarei, no mesmo dia e mesma hora, em Cruz das Posses , fazendo palestra pela Viagem Literária. Pena, queria rever as atrizes do TECA, abraçar o Clodô!
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Não sei se o Sesc já noticiou, mas como tive a informação na sexta-feira, comento. Finalmente, uma homenagem ao Wallace Leal e ao TECA vai acontecer no dia 16 de junho. Além de um teatro — ainda que Wallace merecesse uma sala melhor — que traz seu nome, o resgate desse promotor cultural, porque ele foi isso na história de Araraquara, parece-me que começa realmente agora com uma exposição e com um livro. Não um mero livro biográfico, mas uma tese de mestrado na qual Clodoaldo Medina recupera, não apenas de maneira incisiva e completa a trajetória do Teatro Experimental de Comédia de Araraquara, como também faz um levantamento do panorama cultural do Interior na década de 1950. Ou seja, estamos diante de uma obra abrangente.Curioso como precisamos esperar a chegada do Sesc para vermos colocadas no lugar algumas figuras exponenciais da cidade. Assim foi com Gilda de Mello e Souza e Zé Celso. Assim deveria ser com Livio Abramo, Sebastião Campos , o ator, com Amaral Gurgel, o radionovelista, Américo Borges, o músico. E, evidente, com Ernesto Lia , que está presente, porque, como diz sempre Lygia Fagundes Telles, não nos interessam as glórias frias, elas são bem vindas é agora, quentes, efervescentes. E como esquecer o Sidney Rodrigues? E o papel do Araken Toledo Pires, outro animador cultural, que participou do TECA, do Clube de Cinema, fazia programas de cinema na PRD-4, escreveu críticas nos jornais?Falando em PRD-4, há muitos anos, o Rodolfo Telarolli fez uma pesquisa completíssima e levantou toda a história da rádio, que nasceu antes da Nacional do Rio. Por que não publicá-la? Também não está merecendo um livro completo a questão dos dinossauros em Araraquara? Coisa séria, científica. Será que o empresariado da cidade não está disposto a investir também em cultura, em vez de só nos esportes? Lembro que a Lupo patrocinou o ótimo documentário de Marcelo Machado sobre ferrovias. A Cutrale não abre o bolso para o setor? E a Iesa? E a construtora Massafera? Perceberam que esta crônica é um lembrete, um memorando. Para ficar na mesa do Paulo Casale, do Sesc, que vem continuando uma obra de abertura; na mesa da secretária de Cultura, do prefeito. Enquanto pensam, deliberam, discutem e decidem se vale a pena, vamos todos ao Sesc dia 16, rememorar o TECA e o Wallace. Menos eu que estarei, no mesmo dia e mesma hora, em Cruz das Posses , fazendo palestra pela Viagem Literária. Pena, queria rever as atrizes do TECA, abraçar o Clodô!
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