Dilma Rousseff
Mereceu algum destaque no Estadão de hoje, mas passou despercebido para a grande imprensa - ou assim estão sendo noticiados propositalmente - dois dados da pesquisa eleitoral CNI/IBOPE sobre a corrida para o Planalto divulgada ontem: nada menos que 53% dos eleitores dizem apoiar o candidato do presidente Lula, mas 42% ainda ignoram que a ministra Dilma Rousseff é essa candidata.
A vantagem do candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) em relação a do presidente Lula, governo, PT e aliados, Dilma Rousseff caiu de 11 para 5 pontos. Nessa CNI/IBOPE divulgada agora, Serra está com 35% da preferência do eleitorado e Dilma com 30%.
Sempre prevemos com base em dados bem fundamentados - e o dizíamos aqui - que a tendência realmente era da candidatura Dilma subir na preferência do eleitorado e a de Serra cair, até porque seus índices resultam de recall por ter disputado as eleições de 2002, 2004 e 2006; porque a aprovação ao governo Lula (73%) e o apoio ao presidente (83%) são muito altos e a lógica é isso ser transferido, ainda que em parte, à sua candidata; e porque a oposição brasileira não tem programa e há muito tempo está sem discurso e sem rumo.
Mídia tem medo de "levantar a lebre"
Como a população percebe que o governo imprimiu um rumo certo ao país e administra com a adoção das medidas necessárias e apropriadas, ela não demonstra - e as pesquisas comprovam isso - nenhum interesse numa mudança. Aliás, a única surpresa nessa história é que Dilma sobe a atinge patamares na pesquisa num tempo muito mais curto do que prevíamos.
Há algum tempo, analistas chegaram a uma conclusão - e a tornaram pública - com a qual eu concordo: o infortúnio de Serra é que em 2002 ele era o candidato da continuidade do governo FHC, quando o eleitorado queria mudanças; agora em 2010 ele é o candidato das mudanças, quando os eleitores preferem a continuidade do governo Lula.
Além disso, essa CNI/IBOPE e as últimas pesquisas, em geral, são feitas e divulgadas num momento particularmente ruim para a oposição. Ela não tem propostas; anunciou que vai mudar todas as políticas do presidente Lula (se ganhasse); e os governos Serra e Gilberto Kassab (prefeito da capital) vivem uma quadra péssima, com uma crise política braba no trio PSDB-DEM-PPS. Ninguém quer ser vice de Serra e as três legendas naufragram no escândalo nacional protagonizado pelo DEM de Brasília.
Mas, resta uma pergunta que não pode deixar de ser feita. Será que a mídia esconde esse percentual de 53% de eleitores dispostos a apoiar a candidata do presidente Lula exatamente para "não levantar lebre", e não propalar ainda mais que Dilma é essa candidata
Mereceu algum destaque no Estadão de hoje, mas passou despercebido para a grande imprensa - ou assim estão sendo noticiados propositalmente - dois dados da pesquisa eleitoral CNI/IBOPE sobre a corrida para o Planalto divulgada ontem: nada menos que 53% dos eleitores dizem apoiar o candidato do presidente Lula, mas 42% ainda ignoram que a ministra Dilma Rousseff é essa candidata.
A vantagem do candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) em relação a do presidente Lula, governo, PT e aliados, Dilma Rousseff caiu de 11 para 5 pontos. Nessa CNI/IBOPE divulgada agora, Serra está com 35% da preferência do eleitorado e Dilma com 30%.
Sempre prevemos com base em dados bem fundamentados - e o dizíamos aqui - que a tendência realmente era da candidatura Dilma subir na preferência do eleitorado e a de Serra cair, até porque seus índices resultam de recall por ter disputado as eleições de 2002, 2004 e 2006; porque a aprovação ao governo Lula (73%) e o apoio ao presidente (83%) são muito altos e a lógica é isso ser transferido, ainda que em parte, à sua candidata; e porque a oposição brasileira não tem programa e há muito tempo está sem discurso e sem rumo.
Mídia tem medo de "levantar a lebre"
Como a população percebe que o governo imprimiu um rumo certo ao país e administra com a adoção das medidas necessárias e apropriadas, ela não demonstra - e as pesquisas comprovam isso - nenhum interesse numa mudança. Aliás, a única surpresa nessa história é que Dilma sobe a atinge patamares na pesquisa num tempo muito mais curto do que prevíamos.
Há algum tempo, analistas chegaram a uma conclusão - e a tornaram pública - com a qual eu concordo: o infortúnio de Serra é que em 2002 ele era o candidato da continuidade do governo FHC, quando o eleitorado queria mudanças; agora em 2010 ele é o candidato das mudanças, quando os eleitores preferem a continuidade do governo Lula.
Além disso, essa CNI/IBOPE e as últimas pesquisas, em geral, são feitas e divulgadas num momento particularmente ruim para a oposição. Ela não tem propostas; anunciou que vai mudar todas as políticas do presidente Lula (se ganhasse); e os governos Serra e Gilberto Kassab (prefeito da capital) vivem uma quadra péssima, com uma crise política braba no trio PSDB-DEM-PPS. Ninguém quer ser vice de Serra e as três legendas naufragram no escândalo nacional protagonizado pelo DEM de Brasília.
Mas, resta uma pergunta que não pode deixar de ser feita. Será que a mídia esconde esse percentual de 53% de eleitores dispostos a apoiar a candidata do presidente Lula exatamente para "não levantar lebre", e não propalar ainda mais que Dilma é essa candidata
Nenhum comentário:
Postar um comentário