segunda-feira, 8 de março de 2010

Marcha Mundial das Mulheres vai às ruas em 51 países a partir deste final de semana

Ativistas em vários países denunciarão a situação das mulheres no mundo e apresentarão suas demandas por bem comum e serviços públicos, paz e desmilitarização, autonomia econômica e o fim da violência contra as mulheres. Além disso, celebrarão os 100 anos da declaração do Dia Internacional das Mulheres

5 de março de 2010 – Sob a palabra de ordem: “Mulheres em Marcha até que todas sejamos livres!”, a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) estará nas ruas nos quatro cantos do planeta – África, Américas, Asia/Oceanía, Europa – na primeira etapa de sua Terceira Ação Internacional, que se realiza entre o 8 de março e o 18 de março. Segundo o Secretariado Internacional da MMM, sediado em São Paulo, Brasil, já são 51 países que informaram estar realizando ações (ver quadro abaixo). Em muitos países há ações que acontecem este sábado, 6 de março. E na Nova Caledônia, atividades foram realizadas no dia 27 de fevereiro. Mas a maior parte dos países concentrarão ações no 8 de março.
Para inaugurar a ação de 2010, alguns países farão marchas e mobilizações durante todo o período entre o 8 e o 18 de março ou durante vários dias nesse mesmo período, chamando atenção para a situação de violência em que vivem as mulheres e também para suas demandas por um mundo mais justo. Esse é o caso do Brasil, onde cerca de 2.000 mulheres marcharão por 10 dias, de Campinas até São Paulo. Também no Paquistão, onde ocorrerão marchas e seminários descentralizados entre os dias 12 e o 18 de março, em diferentes cidades como Faisalabad, Toba Tek Singh, Gojra, Gujranwala, Shaikhupora, Kasur e Lahore. No Sri Lanka, a marcha acontecerá em dois momentos entre as cidades de Thalahena e Marawila, entre os dias 8 e 11 e entre 15 e 18 de março. No Mali, marchas descentralizadas acontecerão nos seis distritos da capital, Bamako, entre os dias 8 e 15 de março. Essas ações culminam com a organização de uma marcha no dia 18 na região Norte do país, que vive em conflito. Já no Quênia, as atividades vão acontecer do 8 ao 18, e vão incluir marchas e eventos culturais, como espetáculos de rua, vigílias e visitas a comunidades.

Países com ações no marco da Terceira Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres
África
África do Sul
Argelia
Burkina Faso
Camarões
Mali
Marrocos
Moçambique
Quênia
República Centroafricana
República Democrática do Congo
Sahara Ocidental
Sudão
Américas
Argentina
Bolívia
Brasil
Canadá
Chile
Colômbia
Cuba
Equador
El Salvador
Estados Unidos
Guatemala
Haiti
Honduras
Martinica
México
Peru
Quebec
Ásia-Oceania
Bangladesh
Coréia do Sul
Filipinas
Índia
Japão
Nepal
Nova Caledônia
Paquistão
Sri Lanka
Europa
Albânia
Bélgica
Catalunha
Francia
Galícia
Grécia
Itália
Inglaterra
Macedônia
País Vasco
Portugal
Suíça
Turquia



Como se organiza a Terceira Ação Internacional da MMM
A ação se realizará ao longo de um período que começa com o Dia Internacional das Mulheres (8 de março) e termina com o Dia Internacional pela Eliminação da Pobreza (17 de outubro) e tem momentos descentralizados (nos países), regionais (reunindo mulheres de diversos países de um mesmo continente na Asia/Oceania, Europa e nas Américas). Contará também com um momento internacional, com foco em paz e desmilitarização, que é o ato de encerramento da ação, em Bukavu (província de Sudkivu), na República Democrática do Congo, que terá a presença de uma delegação internacional de 500 mulheres, principalmente do continente africano, mas também de outros países em conflito no mundo.
Para ver os detalhes de todos os países, visite o sítio internet da Terceira Ação Internacional: http://www.mmm2010.info

A história perdida do Dia Internacional das Mulheres
Na primeira etapa da Terceira Ação Internacional, a Marcha Mundial das Mulheres quer recordar-se da história do Dia Internacional das Mulheres, que hoje se comemora no 8 de março, e cujo sentido de luta pela emancipação aparece como secundário frente à comercialização ao redor de sua celebração. Tradicionalmente, vincula-se o 8 de março a uma greve e/ou a um incêndio que se supõe ter ocorrido em uma fábrica têxtil, em Nova Iorque, onde trabalhavam mulheres, em 1857 ou em 1908.

Mas quando se investiga suas origens com profundidade, descobre-se a história de todo um período de luta feminista por direitos econômicos e trabalhistas, assim como o direito ao voto nos Estados Unidos e em outros lugares. Foi em 1910, em Copenhague, Dinamarca, durante a II Conferência Internacional Socialista de Mulheres, onde Clara Zetkin – socialista e feminista alemã – propôs a criação de um Dia Internacional das Mulheres, anual, seguindo o exemplo das mulheres socialistas estadunidenses, as quais desde 1908, organizavam anualmente um Dia Nacional das Mulheres (demandando igualdade econômica e política, incluindo o direito ao voto para as mulheres, denunciando a exploração das trabalhadoras, etc).
Para saber mais sobre esta história, clique em: http://www.marchemondiale.org/actions/2010action/origen8marzo/es

Para entrevistas e outras informações

1. Alessandra Ceregatti (Secretariado Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, para contato com Comitê Internacional e coordenações nacionais em outros países):
tel. +55 11 3032-3243 ou cel. +55 11 8316-3664 (Email: communication@marchemondiale.org).
2. Sitio internet da Terceira Ação Internacional (www.mmm2010.info) e da MMM: www.marchemondiale.org

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