Jovens saíram pacificamente, mas carregados por policiais. Nesta quarta, grupo participa de ato contra a corrupção no Buriti
Carolina Vicentin - Da Secretaria de Comunicação da UnB
Para o grupo de jovens que inventou o lema Ocupa e resiste há mais de um ano e meio nas rampas da Reitoria da Universidade de Brasília, a saída da Câmara Legislativa do DF não poderia ser mais apropriada. Depois de seis dias tomando a casa, os manifestantes – a maioria estudantes da UnB – deixaram o local pacificamente. Porém, carregados.
Um corredor de policiais militares isolou o trajeto entre o auditório da Câmara e o ônibus que levou os alunos de volta à UnB por volta das 16h desta terça-feira, 8 de dezembro. Parte dos manifestantes foi levada no colo pelos policiais. Os universitários pintaram o rosto e o cobriram com máscaras e adesivos do movimento Fora, Arruda.
De um lado do corredor de policiais, estudantes, familiares, namorados e namoradas dos jovens prestavam apoio ao grupo. De outro, cerca de 200 pessoas favoráveis ao governador José Roberto Arruda gritavam palavras de ordem contrárias à ocupação. “Esses dias foram muito angustiantes, mas tenho muito orgulho do meu filho. Está na hora de fazer os brasilienses acordarem”, disse a aposentada Maiara Goulart, mãe do aluno de Arquivologia Carlos Tiago, que estava no local desde a última quarta-feira, 2 de dezembro.
Os manifestantes pró-Arruda, cerca de 300, chegaram à Câmara no final da manhã e com eles a ameaça de confronto. Além disso, a Polícia Militar poderia invadir a casa a qualquer momento, já que o Tribunal de Justiça do DF reeditou a ordem de reintegração de posse na noite de segunda-feira, 7 de dezembro. Durante assembleia no auditório nesta terça, os manifestantes decidiram permanecer na casa pacificamente pelo máximo de tempo possível. “Nós resistimos à ordem do Cabo Patrício (atual presidente da Câmara), a tudo, não podemos desistir agora”, argumentou a estudante de Letras Poliana Faria Santos.
Dois professores da UnB – Fernando Paulino, da Faculdade de Comunicação, e Rodrigo Dantas, do Departamento de Filosofia – permaneceram no auditório para acompanhar a ação policial e garantir que nenhum dos jovens fosse agredido. “Foi mais tranquilo do que eu esperava. Houve um momento de tensão no final da manhã, mas a PM agiu muito bem”, disse o professor Paulino. O grupo também teve o apoio do cineasta Vladimir Carvalho, professor aposentado da UnB.
Depois de sair da CLDF, os estudantes fizeram uma passeata do Minhocão até o Eixo L, na altura da 209 Norte, próximo ao estande de vendas do Setor Noroeste. Lá, interditaram o trânsito por alguns minutos e entregaram panfletos do movimento a motoristas e passageiros de ônibus. Nesta quarta-feira, 9 de dezembro, às 10h, eles farão um ato em frente ao Palácio do Buriti contra a corrupção. “Recebemos muito apoio, gente que buzinava e parava para conversar”, conta Raul Cardoso, um dos coordenadores do DCE.
Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.
Carolina Vicentin - Da Secretaria de Comunicação da UnB
Para o grupo de jovens que inventou o lema Ocupa e resiste há mais de um ano e meio nas rampas da Reitoria da Universidade de Brasília, a saída da Câmara Legislativa do DF não poderia ser mais apropriada. Depois de seis dias tomando a casa, os manifestantes – a maioria estudantes da UnB – deixaram o local pacificamente. Porém, carregados.
Um corredor de policiais militares isolou o trajeto entre o auditório da Câmara e o ônibus que levou os alunos de volta à UnB por volta das 16h desta terça-feira, 8 de dezembro. Parte dos manifestantes foi levada no colo pelos policiais. Os universitários pintaram o rosto e o cobriram com máscaras e adesivos do movimento Fora, Arruda.
De um lado do corredor de policiais, estudantes, familiares, namorados e namoradas dos jovens prestavam apoio ao grupo. De outro, cerca de 200 pessoas favoráveis ao governador José Roberto Arruda gritavam palavras de ordem contrárias à ocupação. “Esses dias foram muito angustiantes, mas tenho muito orgulho do meu filho. Está na hora de fazer os brasilienses acordarem”, disse a aposentada Maiara Goulart, mãe do aluno de Arquivologia Carlos Tiago, que estava no local desde a última quarta-feira, 2 de dezembro.
Os manifestantes pró-Arruda, cerca de 300, chegaram à Câmara no final da manhã e com eles a ameaça de confronto. Além disso, a Polícia Militar poderia invadir a casa a qualquer momento, já que o Tribunal de Justiça do DF reeditou a ordem de reintegração de posse na noite de segunda-feira, 7 de dezembro. Durante assembleia no auditório nesta terça, os manifestantes decidiram permanecer na casa pacificamente pelo máximo de tempo possível. “Nós resistimos à ordem do Cabo Patrício (atual presidente da Câmara), a tudo, não podemos desistir agora”, argumentou a estudante de Letras Poliana Faria Santos.
Dois professores da UnB – Fernando Paulino, da Faculdade de Comunicação, e Rodrigo Dantas, do Departamento de Filosofia – permaneceram no auditório para acompanhar a ação policial e garantir que nenhum dos jovens fosse agredido. “Foi mais tranquilo do que eu esperava. Houve um momento de tensão no final da manhã, mas a PM agiu muito bem”, disse o professor Paulino. O grupo também teve o apoio do cineasta Vladimir Carvalho, professor aposentado da UnB.
Depois de sair da CLDF, os estudantes fizeram uma passeata do Minhocão até o Eixo L, na altura da 209 Norte, próximo ao estande de vendas do Setor Noroeste. Lá, interditaram o trânsito por alguns minutos e entregaram panfletos do movimento a motoristas e passageiros de ônibus. Nesta quarta-feira, 9 de dezembro, às 10h, eles farão um ato em frente ao Palácio do Buriti contra a corrupção. “Recebemos muito apoio, gente que buzinava e parava para conversar”, conta Raul Cardoso, um dos coordenadores do DCE.
Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.
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